Confira aqui, a entrevista com a banda Velhas Virgens! A banda falou sobre os planos para o futuro, relação com os fãs e muito mais!
As Velhas Virgens encerraram 2013 comemorando! Com o apoio total dos fãs, a
banda das Velhas Virgens atingiu 118% da meta na campanha para gravação de seu
novo CD inédito, chamado “Todos os dias a cerveja Salva minha vida”. É com estes
admiradores que a banda conseguiu produzir mais um CD, o 14º da carreira.
Lançada em agosto no ComeçAki, a campanha vigorou por três meses conforme as
normas do site, com uma meta proposta de R$ 61.110,00. Durante este período, 850
colaboradores contribuíram com quantias que variaram entre R$40,00 e R$ 1.000,00.
Com 118% da meta atingida, foram levantados R$72.315,00.
As motivações são muitas: ajudar o rock nacional, o amor à banda ou faturar uma das
recompensas oferecidas na campanha, algumas bem malucas, como a calcinha usada
da vocalista Juliana Kosso ou cantar o refrão de umas das músicas. Foram mais de
duzentas vozes mixadas no refrão da música Balada Para Charles Harper – Todos os
dias a cerveja a minha vida.
Fãs não faltam para os debochados paulistanos, com quase 300 mil seguidores na
página do Facebook, as Velhas Virgens possuem uma frenética agenda anual com
média de 90 shows, sempre lotados.
Os fãs colaboradores figuraram como produtores executivos e receberam o CD
autografado em primeira mão, além das recompensas prometidas pela campanha, de
acordo com o valor financiado.
O embriagado vocalista afirma: "Mais do que uma participação financeira, a vaquinha
eletrônica coloca o fã no processo de produção e dentro da banda".
Confira o projeto de Financiamento Coletivo aqui:
http://www.comecaki.com.br/projetos/145/cd-de-ineditas-das-velhas-virgens
“Todos os dias a cerveja salva minha vida – o CD”
É um CD de rock muito direto, sem grandes invenções, recheado de riffs de guitarra
cuja temática passeia pelas chuvas e trovoadas do relacionamento com as mulheres,
pela bebedeira, pelo repúdio aos puxa-sacos de Deus, pelo reconhecimento da
importância dos gays na história do rock, tudo com muita ironia e humor. O disco abre
com um áudio retirado do filme “A Banda das Velhas Virgens” de Amácio Mazzaropi,
lançado em 1979, que inspirou o nome do grupo, possui uma citação de Ennio
Moricone ("per qualche dollàró in piu") e um trecho do baião “Pisa na Fulô”, de João do
Vale, induzindo a trilha sonora da “Rua da Golada”.
(A produção do CD foi realizada por Paulo Anhaia no Studio Produssom, a capa traz
ilustração de Weberson Santiago, sob a coordenação gráfica de Juliana Vechi.)
A Entrevista:
Como a banda se
formou? Quando vocês se conheceram e viram que dava
para fazer algo mais sério?
R: (Paulão) Conheci Cavalo
numa escola de musica em 1986 e a coisa começou despretensiosamente. Por volta
de 1990 tínhamos uma formação mais estável e começávamos a procurar uma
personalidade ligada à boemia, sexo, e diversão. Em 94 lançamos o primeiro cd.
Acho que a coisa só engrenou quando começamos a tocar Buceta ao vivo, por volta
de 93..
Como surgiu o nome
“Velhas Virgens”?
R: Paulão e eu (Cavalo) estudávamos
no mesmo conservatório de música e começamos a tocar juntos em 1986. O nome vem
de um filme do cineasta brasileiro Mazaroppi chamado A banda das Velhas Virgens.
Como chegaram a esta
conclusão de que seria este o nome da banda? Houve votação, foi unanime?
(Cavalo) O Paulão me falou
o nome e eu gostei de cara. Achei que era forte e lembrava maturidade sem
perder a Inocêncio ou nome de puteiro mesmo. Como queiram.
Quais são os planos
da Banda para o futuro?
(Cavalo) O primeiro é
continuar vivos no mercado fazendo shows. Depois de quase 30 anos isso não é
muito fácil.
Segundo,
queremos lançar um DVD dessa tour. Fazer mais algumas coisas de carnaval e,
quem sabe, levar o Carnavelhas pra fora do país.
Terceiro,
fazer novas cervejas e abrir mais bares pela cidade. Isso ia ser muito bom
também.
(Paulão) Estamos muito
ansiosos com o lançamento do cd. Foi o disco que envolveu mais intensamente
todos os integrantes. E o resultado ficou pesado, criativo e denso. Alguns
acham que está mais maduro. Mais amplo. Eu acho, modestamente, que é um ótimo
disco de rock. E a turnê será incendiária. Vamos pra estrada. E que ela nos
leve a muitos lugares onde nunca tocamos. Vamos lançar novos sabores de
cerveja, multiplicar nossos bares, lançar livros e criar nossos filhos. Estamos
felizes. E nos divertindo com o que fazemos. Saúde!
Qual a relação da
banda com os fãs?
(Paulão) São eles quem nos
mantém na estrada. Fazemos os discos e shows pra eles e com o advento do
crowdfounding, é deles que vem a grana e o apoio para fazermos nossos discos.
Como vocês definem o
estilo de vocês?
(Paulão) Somos uma banda
rock'n'roll brasileiro, bebuns contumazes, fanáticos por cerveja e mulher!
Quais são as maiores
influências do som da banda?
(Cavalo) Nós somos da linhagem direta de Camisa de Vênus e Marcelo Nova, Ultraje
do Roger. Temos influências do primeiro disco do Legião, Premê, Língua de
Trapo, Joelho de Porco. Um pouco de Raimundos na fase em que ficamos mais
pesados.
Como é tocar rock’n’roll em
um país onde há muitas misturas de culturas musicais?
(Paulão) Difícil. Há
sempre uma grande concorrência. Mas a gente segue fazendo o que gosta, pra quem
gosta e o resto que se foda!